Dia Mundial do Diabetes: endocrinologista do HUSF evidencia panorama da doença e medidas preventivas

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No dia 14 de novembro, é celebrado o Dia Mundial do Diabetes, comum doença causada pela insuficiência na produção – ou má utilização por resistência na ação – do hormônio responsável por regular os níveis de glicose no sangue: a insulina. E segundo o Atlas IDF 2017, disponibilizado no site da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o Brasil ocupa o quarto lugar entre os 10 países com maior número de indivíduos diabéticos – e a expectativa continental é de que, até 2045, seja registrado um aumento de 62% nos casos na América do Sul e na América Central. 

Médica endocrinologista do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus, Drª. Janete Pereira de Moura (CRM 33.076) enfatiza a importância da difusão do conhecimento sobre o contexto do diabetes para que haja o respectivo controle – afinal, na América Latina, calcula-se que 40% dos diabéticos não têm ciência de que possuem a doença: “A promoção da educação em saúde deve começar e terminar na comunidade e não ser restrita às escolas ou aos centros de saúde e hospitais. E, no contexto dos países em desenvolvimento, o aumento da prevalência não se deve, apenas, à longevidade, pois ela atingirá indivíduos de todas as faixas etárias”. 

Alertando para o imprescindível comportamento preventivo, Drª. Janete Pereira de Moura destaca os primeiros sintomas do diabetes, mas ressalta a complexidade do panorama da doença. “O indivíduo pré-diabético pode apresentar tonturas esporádicas após ingestão de doces, entretanto, diabéticos podem permanecer assintomáticos por anos, apresentando glicemia entre 126 e 180mg/dL. Os sintomas surgirão no contexto da descompensação (que pode ser aguda ou crônica), sendo os mais comuns: perda de peso, aumento do volume urinário e sede excessiva”. 

Dentre os diferentes tipos da doença, a especialista destaca os dois mais populares: “As pessoas que possuem diabetes tipo 1 não produzem mais insulina e necessitam da injeção desse hormônio para o controle do metabolismo. Já o tipo 2, mais comum, ocorre quando o organismo não consegue utilizar da forma adequada a insulina produzida, exigindo controle com medicação pela boca”. 

Drª. Janete Pereira de Moura destaca que pessoas com diabetes não são totalmente proibidas de comer doces ou ingerir bebidas alcoólicas. “Não há nenhuma restrição completa, desde que os pacientes estejam muito bem orientados, estejam conscientes e sejam responsáveis por suas ações”. 

Para evitar o diabetes, a especialista resume as principais atividades preventivas que devem ser praticadas no dia a dia: “Deve-se praticar atividade física por, pelo menos, 150 minutos semanais, além de seguir dieta balanceada, rica em fibras, visando ao peso corporal adequado”. 

Drª. Janete Pereira de Moura (CRM 33.076) é graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Bragança Paulista-SP; com residência médica cumprida no Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM) e estágio, mestrado e doutorado em Endocrinologia realizados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP). A especialista pertence ao quadro da instituição desde 1981