Dia do médico radiologista: especialista do HUSF explica detalhes da profissão

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O dia 8 de novembro representa o período de celebração ao médico radiologista, profissional de suma importância no contexto da saúde. Cabe a ele a interpretação criteriosa de imagens para a produção de relatórios técnicos, correlações clínicas e diagnósticos que excluem ou solicitam a possibilidade de cirurgias em pacientes.  

Médico radiologista do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus, Dr. Srdan Zelenika (CRM 117.777), um dos profissionais da saúde presentes na expedição do Barco Hospital Papa Francisco, mais um sonho concretizado pela Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, nas regiões de Mamuru e Juruti Velho, situadas na Amazônia paraense, detalhou o intenso cotidiano de sua especialização durante o período de residência e a responsabilidade de aliar o primor técnico da leitura com a responsabilidade pelo correto encaminhamento do paciente. 

“A residência médica em Radiologia representa a época do aprendizado intenso. Nela, é possível contar com a supervisão constante dos preceptores na elaboração dos pré-laudos. E, no caso de ultrassonografia, o exame é refeito pelo médico assistente. E todo esse contexto é aliado à fundamental ética, com o pensamento de fazer o melhor ao próximo”. 

Sempre expostos aos malefícios dos agentes nocivos físicos (raios-X), os radiologistas trabalham diariamente com um aparato técnico preparado. “Utilizamos equipamentos de proteção individual (EPI’s), como, por exemplo, dosímetros. E, quando há contato direto com a radiação, necessitamos de aventais de chumbo, protetores de tireoide e óculos especiais. Porém, neste contexto, todos os aparelhos devem passar por um rigoroso controle de qualidade”, detalha. 

Dr. Srdan Zelenika explica que a Radiologia representa uma especialidade abrangente, com várias opções de adequação profissional – variando com a afinidade de cada médico: “Temos a radiologia puramente diagnóstica e a radiologia intervencionista, que se fragmenta em: diagnóstica (exemplos: biópsia de nódulo na mama ou biópsia de lesão tumoral guiado pela imagem) ou terapêutica (drenagem de abscesso guiado pela imagem ou colocação de stent pela angiografia)”. 

Por fim, questionado sobre o futuro da profissão, Dr. Srdan Zelenika admite que os médicos radiologistas podem ficar cada vez mais afastados do trato constante com os pacientes à medida que a tecnologia avançar, porém, não deixa de salientar a relação intrínseca e indissociável entre a criteriosa especialidade e os princípios de humanização. 

“Claro que o distanciamento entre o radiologista e o paciente pode ocorrer, e isso se deve ao vínculo estreito entre a especialidade e a tecnologia, mas a compaixão nunca poderá ser perdida. Ainda que o futuro da profissão seja desafiador, o nosso sucesso está sempre relacionado ao contato com as pessoas. Representamos o elo entre elas e a tecnologia”, encerra. 

Dr. Srdan Zelenika (CRM 117.777) é graduado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas-SP (PUC-Campinas). Cumpriu residência médica na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e especialização em Radiologia Osteomuscular nos hospitais Oswaldo Cruz e HCor de São Paulo-SP