A primeira semana do mês de agosto traz consigo um período de incentivo ao aleitamento materno. Responsável por promover vários benefícios à mãe e ao bebê, a prática, simples e sustentável, também representa um momento singular na vida de ambos, eternizando um gesto de prazer, proteção e união familiar.
“Quando comentamos a respeito do aleitamento materno, não expomos, apenas, as vantagens oferecidas ao bebê – que, nos primeiros seis meses de vida, não precisa de nenhum outro alimento –, mas também o estreitamento do laço afetivo entre mãe e filho. Ambos sentem uma satisfação emocional indescritível, e essa experiência precisa ser enfatizada, afinal, é um ato de humanização”, explica Patrícia De La Viuda Hara, enfermeira coordenadora do setor de Apartamentos, Convênios e Maternidades do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus.
Colaboradora da instituição há 16 anos, Patrícia sintetizou a importância do aleitamento materno além do valores nutricionais e refutou o mito persistente a respeito da “fraqueza” do colostro – denominação à secreção líquida que antecede o leite e é responsável por alimentar os bebês nos primeiros dia de vida.
“As vantagens ao bebê são inúmeras. O simples ato de sucção que ele realiza junto ao peito da mãe, por exemplo, é responsável por desenvolver o músculo da face, auxiliar a disposição dentária e os processos de respiração, mastigação e fala. Além disso, é comprovado que amamentados possuem menos otites, diarreias, infecções, doenças respiratórias e possibilidade de desenvolver diabetes e obesidade durante a vida. Mesmo o colostro, taxado erroneamente pelo senso comum como nutricionalmente fraco, é de suma importância, pois é rico em propriedades importantes – tais como anticorpos”.
Muitas mães, embora instruídas sobre as demais vantagens oferecidas pela prática – menor risco de desenvolvimento de pressão alta, diabetes, câncer de ovário, câncer de mama e câncer de útero –, ainda trazem consigo um grande receio quanto ao processo de amamentação. A enfermeira, no entanto, explica que não há uma técnica pré-estabelecida a ser cumprida à risca.
“Costuma-se dizer que a mãe aprende a amamentar amamentando. E, nesta prática, é fundamental respeitar a vontade do bebê, pois ele deve ter o leite à disposição sempre que manifestar o desejo, até se satisfazer plenamente, sem horário planejado. Não é comum, porém, sentir dor. Caso sinta algum incômodo, a mulher deve procurar um profissional de saúde”.
Durante o aleitamento, não é indicado que a mãe dê ao bebê demais líquidos e incentive o uso de chupetas e mamadeiras. Ela deve manter, igualmente, hábitos saudáveis, distante do tabagismo e do etilismo – policiando-se, também, quanto às medicações.
O Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus incentiva o aleitamento materno!