Câncer de próstata: urologista destaca importância do diagnóstico precoce

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A temática do câncer de próstata ainda representa um grande tabu a ser superado pelo público masculino. O preconceito frente à dinâmica do exame preventivo – toque retal – e a opção por não realizar check-ups ou acompanhamentos médicos especializados de forma periódica faz com que 20% dos casos da doença sejam diagnosticados tardiamente, dos quais 25% levam o indivíduo a óbito, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Afinal, um em cada sete homens, provavelmente, desenvolverão o respectivo quadro, que possui, no entanto, 90% de chances de cura se identificado e tratado precocemente.  

Membro do corpo docente da Universidade São Francisco (USF) desde 1991 e médico urologista do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus, Dr. Marcos Castro (CRM 64.057) ressalta a importância da mídia, do incentivo das mulheres e da difusão de informações pelas sociedades médicas na tarefa de ampliar a procura pelo exame do toque retal e o exame de sangue PSA, fazendo com que a campanha Novembro Azul tenha proporção semelhante ao impacto gerado pelo Outubro Rosa.  

“Neste contexto preventivo, todos os setores da sociedade possuem um papel fundamental. E nós presenciamos muitos casos em que a esposa marca ou incentiva a consulta do marido. Porém, é perceptível a evolução na adesão dos homens à campanha. Antigamente, o percentual de quadros de câncer de próstata identificados de modo tardio se aproximava dos 80%”.  

Graduado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora-MG (UFJF) e detentor dos títulos de Mestre (USP) e Doutor (UNICAMP) em Urologia, Dr. Marcos Castro expõe a necessidade de erradicar a máxima de que o câncer de próstata representa um risco exclusivo da terceira idade.  

“Existe o risco para a população de 40 anos em diante quando o indivíduo possui algum parente de primeiro grau (pai ou irmão) com câncer de próstata. Nos demais casos, o protocolo recomendado pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) é que os exames de rotina preventivos (toque retal e exame de sangue PSA) sejam cumpridos dos 49 aos 69 anos, na frequência de uma vez ao ano. Assim, faz-se fundamental acompanhar com atenção especial os homens na faixa dos 75 anos, que gozam de boa saúde, para que a doença possa ser identificada precocemente”, endossa, antes de salientar o “lado silencioso” do tumor maligno.  

“Infelizmente, o câncer de próstata, em sua fase inicial, não apresenta sinais ou sintomas. Assim, amplia-se a importância das avaliações anuais. O segredo é encontrar a doença no estágio inicial – ou, como diz o jargão popular: ‘achar o bicho no ninho’ –, impedindo a confirmação de novos dados alarmantes, visto que, aproximadamente, 78 mil a 80 mil novos casos são registrados no Brasil por ano, dos quais 43 mil são fatais”.  

Por fim, Dr. Marcos Castro fez questão de agradecer o papel da mídia, das mulheres e de todos os veículos que contribuem para o compartilhamento de dados verdadeiros sobre o panorama da doença, enfatizando o consagrado tema da campanha de 2019 organizada pela Sociedade Brasileira de Urologia: “Seja o herói da sua saúde”.  

Dr. Marcos Antonio Santana de Castro (CRM 64.057) é médico urologista do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus. Integrante do corpo docente da Universidade São Francisco (USF) desde 1991, é graduado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com residência médica cumprida no Hospital dos Servidores Públicos Estaduais de São Paulo-SP e detentor dos títulos de Mestre (USP) e Doutor (UNICAMP) em Urologia