Ortopedista do HUSF detalha medidas preventivas contra a Osteoporose

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Em 20 de outubro, é mundialmente celebrado o Dia de Prevenção à Osteoporose, doença definida pela diminuição do estoque de cálcio nos ossos do corpo. E, destacando o importante período de conscientização, o Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus alerta para os cuidados que devem ser adotados, afinal, trata-se de uma doença silenciosa – geralmente, descobre-se a presença dela após a primeira fratura, apenas. 

A osteoporose, como exemplifica o Dr. Guilherme Chohfi de Miguel (CREMESP 134.521), médico ortopedista e traumatologista do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus e professor da Universidade São Francisco (USF), é muito mais comum em mulheres: “Analisando a faixa etária acima dos 50 anos, pode-se constatar uma porcentagem de incidência de 15% em homens, ao passo que, no público feminino, o contingente varia de 35% a 40%. O declínio hormonal, decorrência da menopausa, é um dos fatores que explica tal predisposição”. 

Embora seja silenciosa, as medidas preventivas contra a osteoporose são majoritariamente simples e não envolvem, apenas, os aspectos alimentares com ênfase no consumo de leite e derivados, que são fontes de cálcio. “Neste panorama, é primordial a adoção de hábitos saudáveis, com prática de atividades físicas, principalmente na faixa etária que engloba jovens e adultos. A vitamina D também é essencial, portanto, deve-se, sempre que possível e com a devida responsabilidade, desfrutar do sol”, detalha o Dr. Guilherme Chohfi de Miguel, antes de sublinhar a importância do acompanhamento médico especializado. 

“Nunca se deve esperar a fratura para procurar o tratamento especializado contra a osteoporose. O acompanhamento médico, geralmente, deve ser iniciado na faixa dos 60 anos em mulheres e dos 70 em homens sem fator de risco, mas alguns fatores podem antecipar essa busca, tais como: menopausa precoce, aspectos hereditários (quadros de diabetes, hipertensão e gastrite), submissão à cirurgia bariátrica, obesidade, tabagismo, etilismo, uso de corticoide, histórico de familiar de primeiro grau com fratura de fêmur ou perda de 2cm de altura em um ano ou 4cm em qualquer período. Caso algo listado ocorra, deve-se fazer o exame de densitometria óssea. Afinal, a segunda fratura é, comprovadamente, muito pior frente à primeira”. 

Neste contexto de alerta, Dr. Guilherme Chohfi de Miguel destaca os benefícios do exame de densitometria óssea. A acessibilidade (agendamento via SUS ou convênios) e a pouca exposição à radiação são algumas das facilidades proporcionadas pela prática, que deve ser enfatizada para a devida prevenção da osteoporose. “Ele é o padrão-ouro. Trata-se de um diagnóstico imprescindível para que o melhor tratamento seja cumprido à risca diariamente”, encerra. 

Dr. Guilherme Chohfi de Miguel (CREMESP 134.521) é médico ortopedista e traumatologista do Hospital Universitário São Francisco na Providência de Deus e professor do curso de Medicina da Universidade São Francisco (USF), instituição onde se formou, cumpriu residência médica e realizou mestrado e doutorado (este último em regime de graduação-sanduíche na Universidade de Coimbra, em Portugal).